Meu Deus, o prefeito é uma drag!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Hoje eu entendo porque os humoristas foram proibidos de fazer piada sobre políticos durante a eleição, os políticos não querem concorrência. O pior é que eu tenho que admitir que comparando ao nível dos programas humorísticos da TV brasileira, o horário político é hilário e o Tiririca é o Carcareco ou o Macaco Tião da vez.

O sensacional é que hoje li uma matéria sobre o prefeito de Reykjavik - capital da Islândia -, um tal de Jon Gnarr. O camarada era baixista de uma banda punk, humorista e fanfarrão profissional, fundou um partido chamado “Melhor Partido” e se candidatou fazendo promessas de toalhas gratuitas e ursos polares no Zoo da cidade. Resumidamente, a campanha do cara e as suas declarações mais parecem um esquete do Monty Python.

Muito bem, a Islândia que tem uma Primeira Ministra assumidamente lésbica e já elegeu um ex-humorista como Primeiro Ministro, elegeu Jon Gnarr com 34,7% dos votos sem o menor peso na consciência. O mais maravilhoso de tudo é que pelo que ando lendo o cara tá mandando bem, pelo menos por enquanto, e tem quase 80% de aprovação popular. Convenhamos que aprovação popular não quer dizer grande coisa considerando a aprovação do governo Lula. Mas achei interessante a forma de governar do tal de Jon Gnarr, ele mantém a comunicação aberta com a população através do Facebook e realiza plebiscitos pela rede social.

Por vezes sinto falta desse ar novo na política brasileira, se é que vocês me entendem. Não acho necessário que os políticos apareçam vestidos como drags como nosso querido Jon Gnarr e muito menos acho ele um modelo, mas me refiro a algumas mudanças de comportamento e mentalidade. Um modo de pensar novo, menos quadrado e mais humano. Humano de verdade, não só no slogan.

Eu realmente não entendo o que leva o brasileiro a escolher um candidato. As pessoas ou votam em alguma celebridade bizarra ou em algum macaco (não o Tião) velho que já roubou até nossas calças. Então eu me lembro, os governantes são, em parte, um retrato do povo. Mas que os habitantes héteros de Reykjavik não se ofendam ao ler essa frase e ver a foto acima.

1 comentários:

Marcelo Macedo at: 30 de setembro de 2010 às 22:19 disse...

Gostei do texto, fera. E o desfecho foi genial. Só não estou satisfeito com sua ausência. Mas não me venha no MSN falando "vamos combinar uma breja!", venha com um convite pronto.
Um abraço na sua careca (a de cima).

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